segunda-feira, 4 de junho de 2012

Presentinho de estreia!

Olá pessoal!

Faltam 2 dias para a estreia e viemos aqui para convidá-los este dia. E nada melhor do que um convite como este né? Um voucher 100% off para a estreia! Basta imprimí-lo e apresentar na bilheteria no próprio dia 06 de junho (quarta) a partir das 14h e adquirir seu ingresso. Está sujeito à lotação da sala, por isso recomendamos chegar com uma certa antecedência.


Esperamos vocês lá!

Beijios,

Cia do Covil

domingo, 8 de abril de 2012

Um pouco sobre João do Rio.

Olá a todos!

Para inaugurar nosso blog, falaremos um pouco sobre o autor que nos inspirou em nosso primeiro espetáculo: João do Rio.      

  João Paulo Emílio Cristóvão dos Santos Coelho Barreto nasceu no Rio de Janeiro de 1881 e faleceu no ano de 1921, tendo assim, vivido metade de sua vida no século XIX e a outra metade no século XX.
   O nome que ficou imortalizado na literatura brasileira não é Paulo Barreto, mas sim um de seus inúmeros pseudônimos: João do Rio. O autor, que por muitos foi considerado maldito pelo seu tipo contrário aos padrões estabelecidos no Rio de Janeiro do início do século, hoje tem dois de seus contos entre os cem melhores da literatura brasileira e é sem duvida um dos principais inspiradores de muitos outros autores que o sucederam. Como o renomado dramaturgo Nelson Rodrigues, que admite ter bebido muito na obra de João do Rio para a composição de sua própria dramaturgia.
   João do Rio se destaca entre os escritores de sua época por não se limitar apenas aos recursos realistas, o que o faz ser classificado como autor pré-modernista. Alem disso, desenvolveu um tipo único e inovador de contos ao unir a obra ficcional com o caráter jornalístico adquirido pela sua profissão.
   O polêmico autor mergulhou fundo na sociedade carioca, freqüentando desde os meios mais requintados da elite carioca até as rodas de samba nas favelas e os centros de umbanda (que na época eram considerados uma transgressão). Toda essa vivencia fez da obra do autor um dos retratos mais fiéis do Rio de Janeiro na chamada Bélle Epoque brasileira. Em sua obra, João do Rio sempre contrasta e coloca em conflito dois mundos opostos que coexistiam dentro do subúrbio carioca: a aristocracia altamente rebuscada, que fazia do francês uma segunda língua e do desperdício de dinheiro a norma, àqueles que viviam marginalizados e miseráveis, esquecidos por uma sociedade cada vez mais desigual.
  Além da polemica criada pelos seus livros que expunham uma face oculta da realidade do Rio, o fato de ser amulatado e homossexual, contribuiu para que o dândi de caráter excêntrico sofresse um grande preconceito e fosse vitima até mesmo de violência física. Tal preconceito contribuiu para que sua obra ficasse de certa forma afastada de nossa literatura, como um capitulo encoberto do qual muitos preferem não falar.
   Mesmo sendo contrário a todos os padrões adotados pela sociedade, João do Rio consagrou seu nome ao entrar para a Academia Brasileira de Letras (a qual ele já havia sido recusado antes por preconceito) já com o fardão dos imortais. E tendo sido também jornalista (além de cronista, romancista e dramaturgo.) ele conquistou grande popularidade no Rio de Janeiro com suas matérias jornalísticas. Não se limitando somente a redigir notícias, João do Rio também agiu como reportar e entrevistador, indo buscar a fundo a verdade para seus jornais. Algo pouco usual para os jornalistas de até então. Seu enterro foi assistido por cem mil pessoas, o que é grande prova do grande público que ele conquistou.
    João do Rio e sem duvida um de nossos autores mais polêmicos e sua obra tem um sabor crítico acre que fere as línguas hipócritas até os dias de hoje. A linguagem coloquial e os temas pesados fazem da obra quase contemporânea, instigando o intelecto e a curiosidade durante toda a narrativa, nos fazendo ter experiências únicas que variam do humor ácido ao puro terror.

Suas obras:

As Religiões no Rio (1904)
A Alma Encantadora das Ruas (1908)
Cinematographo (1909)
Dentro da Noite (1910)
A Profissão de Jacques Pedreira (1911)
Psicologia Urbana (1911)
Vida Vertiginosa (1911)
Memórias de um Rato de Hotel (1912)
Pall Mall (1917)
A Mulher e os Espelhos (1919)
Rosário da Ilusão (1921)
Celebridades, Desejo (1932)